Blog: Aliados, o filme que traduz a essência do amor pautado no acaso - Leandro Silvério

Blog: Aliados, o filme que traduz a essência do amor pautado no acaso



Antes de começar a resenha desse maravilhoso filme, que fique claroa interpretação da atriz Marion Cotillard na trama é surreal! Ela, em conjunto com o já consagrado ator Brad Pitt, certamente eternizou em interpretação memorável  o grande destaque desse longa-metragem aqui discorrido. Marion; no filme, consegue uma façanha incrível ao colocar sua personagem ao mesmo tempo doce e misteriosa dentro das nuanças da trama. Do início ao fim da narrativa existe uma mistura de notas de suspense e o total desarranjo da personagem conforme os fatos vão se desencadeando ao longo da jornada de sua personagem dentro da história. E ,a cada nova descoberta, dúvidas apaixonantes são postas à prova.

Reconhecimento merecido também se deve ao Diretor do longa, Robert Zemeckis, que é o mesmo indivíduo que produziu filmes como: "De Volta para o Futuro", "Forrest Gump", "Contato", "Náufrago" e "A Travessia". Por esse currículo já dá pra saber que Robert Zemeckis é, de fato, um Diretor de grandes sucessos de Hollywood.



Em Aliados, Marianne Beauséjour (Marion Cotillard) e Max Vatan (Brad Pitt) são dois espiões que se apaixonam durante uma missão no Marrocos, em meio a um cenário de guerra que praticamente dizimou aquele país. Os dois se unem com objetivo comum de abater um representante do alto escalão Alemão e, para isso, devem se passar por Franceses nativos, um casal feliz e que de fato se enquadre perfeitamente nos padrões de relacionamento existentes na época, que compreende carinhos e afagos em público, além de visitas constantes no terraço de seu lar, um apartamento velho no subúrbio da cidade. Costume esse bastante difundido na época para os casais apaixonados daquele tempo.



Interessante são as cenas desse "teatro" imposto pela fantasia de - se passar por alguém - dentro das narrativas que levam ao extremo a preocupação dos coadjuvantes com cada detalhe, cada gargalhada, cada movimentação e atitude que, no campo da dúvida, permeiam a observação do espectador que se faz presente de maneira constante ao longo do filme pautado pela dúvida constante descritas em questões sem resposta imediata. Todas respondidas a seu tempo.

Disfarce concebido. Atuação acreditada. O casal apaixonado consegue obter sucesso na missão do Marrocos e fogem juntos para Inglaterra onde, por intermédio do destino e um amor avassalador, se casam verdadeiramente e constituem família na vida real. Família essa que mesmo permeada de um cenário envolto na guerra, em cena impactante Marianne Beauséjour (Marion Cotillard) dá luz a filha do casal em meio a um ataque aéreo de tropas inimigas.

Anos se passam e eles, já casados, se vêem face uma suspeita de que Marianne é na verdade uma espiã alemã. Fato esse que deixa Max Vatan (Brad Pitt) incrédulo pautado de inúmeras dúvidas por não saber se de fato, houvera sido enganado por todo esse tempo por sua suposta amada esposa.

A dúvida paira ao longo da trama e Max segue em sua busca sozinho por evidências de que de fato a mulher por quem houvera se apaixonado é real, existe e é tão presente e verdadeira que se pode tocar em nome e composição biológica. E, tocando no presente e no passado, encontra memória viva em um soldado aliado que conheceu a Marianne Beauséjour em participação conjunta de missões anteriores. Ele por sua vez narra o momento do encontro, onde Marianne tocara "La Marseille" em frente a inúmeros soldados Alemães. Com essa evidência, Max retorna à sua residência e coloca Marianne à prova, levando-a até um piano para repetir a peça.


O amor é então posto a prova. Se verdadeiro ou não, quando escancarado traz nova interpretação e, em metáfora singular de um amor planejado e construído na reconstrução de uma guerra, traz a tona a essência do sentimento emergido do acaso. Sem dúvidas, há uma beleza nele – principalmente na verdade transposta de maneira excepcional pelo olhar dos coadjuvante. Que acreditam-se mutuamente e partem para uma fuga épica a luz do amor.

Aliados é um daqueles filmes que conseguem entreter de forma competente. A construção do romance é cativante e deixa claro o surgimento, experimentação e declínio de um sentimento nobre, um amor sincero e arrebatador. Com muitos lenços e olhos mareados, Aliados é daqueles filmes que fazem refletir e observar com maior clareza o efeito de nossas escolhas e a influência do acaso ao longo da vida. Se planejado ou não, o destino existe para ser vivido e experimentado em um oceano vasto e profundo chamado: vida. Vida essa que existe em experimentações constantes do que se pode controlar minimamente e daquilo que se define pela navegação simples e sem busca, na certeza de que logo a frente haverá terra firme para atracar.

Leandro Silvério.


FOTO: ALLIED MOVIE


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